
... vem de um conceito que pessoalmente cunhei para a obra de Beckett e que me proponho aqui desenvolver: "naughtopy", a "atopia final" ou 'utopia zero', envolvendo o "des-nascimento" e o "des-nacer" e, por extensão, o mero "esser" [o estado natural dos objectos como tal, por oposição à "ideia significada" de 'ser', associável, por seu turno, à condição especificamente humana e envolvendo---alguma, pelo menos---consciência de si e [d]o próprio desejo, [d]a própria vontade, de transformar o "esser" em "ser" [o "ser" resulta, em tese, tal como eu o vejo, da integração da vontade no "esser"]---tudo ideações francamente beckettianas às quais voltarei, como disse, mais adiante no decurso destas notas.
A estas, junto ainda as ideias de "comédia ontológica" [um motivo que atravessa transversalmente toda a opus beckettiana] e de "transrealismo fenomenoménico" ou "fenomenológico" que, no contexto das notas referidas, detalharei.
Para já, ficam aqui a imagem do Artista [é um lugar comum irresistível acrecentar: "um dos maiores do século XX"...] e a explicação breve do título do próprio blogue.
Sem comentários:
Enviar um comentário